Achei importante e resolvi compartilhar com vcs, até pq essa semana está chovendo bastante aqui e resolvi procurar algumas dicas:
Rio - É verão, faz sol há dias, mas sempre fica aquela pulga atrás da orelha: a qualquer hora, pode cair um dilúvio. Quais são os melhores modelos para enfrentar trechos alagados? E quais enguiçam até numa poça? O Centro de Experimentações e Segurança Viária (Cesvi Brasil, núcleo de pesquisas que faz análises de risco para seguradoras e oficinas) estudou o assunto e fez um ranking dos carros de passeio e comerciais leves nacionais mais aptos a transpor “lagoas”.
Carros enfrentam alagamento por causa de fortes chuvas no Rio (Foto: Domingos Peixoto/ O Globo)
O resultado surpreende: modelos rústicos, que teoricamente se sairiam muito bem (o Mille, por exemplo), tiveram maus resultados - e receberam nota baixa: uma estrela. Modelo altos como o EcoSport e a Chevrolet S10 flex ficaram nas posições intermediárias (duas e três estrelas, respectivamente).
E um importado cheio de tecnologia eletrônica - portanto, forte candidato a dar problemas na água - ficou entre os carros com as melhores notas: é a minivan Citroën C4 Picasso, que recebeu quatro estrelas. Os outros “quase-anfíbios” do mesmo grau são o C4 hatch 1.6 16v, o Fiat Dobló 1.8 e a minivan Renault Grand Scénic.
Por enquanto, nenhum modelo levou a nota máxima, de cinco estrelas. Quem sabe um utilitário a diesel com snorkel? Felício Félix, analista técnico do Cesvi Brasil, conta que a idéia do ranking foi justamente descobrir porque alguns carros passam e outros ficam no trecho alagado.
Tabela de ranking com as notas do Cesvi
O estudo, vale dizer, é teórico. Ninguém botou carros na água para fazer o ranking. Mas, fazendo medições, a equipe do Cesvi levou diversos fatores em conta para chegar aos resultados.
O sistema de admissão, é claro, foi o primeiro ponto de atenção. Afinal, é por ali que pode ser aspirada a água da enchente, provocando um calço hidráulico (ou seja: quando a água invade a câmara de combustão e trava o motor, muitas vezes empenando e quebrando as peças). Foi medida a atura da tomada de ar para o motor e observado o formato do coletor de admissão. Também verificaram a altura máxima do sistema de escape - outro ponto de entrada de água, principalmente
Veja o que acontece em cada parte do carro ao enfrentar uma enchente
O Cesvi levou em conta detalhes que normalmente são esquecidos. Por exemplo: quanto maior a cilindrada, mais facilmente o motor sugará água pela admissão, em caso de alagamento. Outra: quanto maior a taxa de compressão, menor será a tolerância ao volume de água admitido.
Também observaram a posição e a construção de componentes elétricos, que, em contato com a água, podem dar problemas e causar enguiço. Alternador, módulos de injeção, fusíveis e sensores de oxigênio e rotação foram estudados. Na conta para ganhar estrelas, foi considerada ainda a vedação da embreagem. “Se o conjunto ficar encharcado, vai patinar e o carro terá dificuldades para se mover”, explica Félix.
As medições do Cesvi foram feitas em modelos 2009, mas vale lembrar de casos de automóveis mais antigos alérgicos a água. Os velhos Omega 3.0, por exemplo, tinham a entrada de ar do motor montada no pára-choque, a apenas 39 centímetros do chão.
Os primeiros Palio (1996 e 1997) também naufragavam. A boca do filtro de ar ficava sob o farol, a 55cm do chão. Qualquer marola feita por ônibus, e o motor ia por água abaixo.
Já os Fiat Tipo 1.6 de 1994 e 1995 tinham seu módulo de injeção e ignição instalado muito baixo. Quem se arriscava na água, tomava prejuízo. Os Mercedes Classe A costumavam ter problemas de infiltração em peças da direção hidráulica, o que deixava o volante pesado. A fábrica instruía a evitar poças com mais de 20 cm de profundidade. Em compensação, os Fuscas e outros velhos Volkswagen com motor traseiro refrigerado a ar costumavam vencer alagamentos sem esforço.
Pistão do motor de um Palio atingido por calço hidráulico em enchente (Foto: André Teixeira)
ÁGUA ACIMA DA METADE DA RODA, É MELHOR ESPERAR - Mesmo que seu carro tenha se saído bem no “provão do Cesvi”, não saia por aí se sentindo comandante de submarino. Se for inevitável cruzar o alagamento, o melhor é deixar que um motorista mais incauto siga na frente e ver no que dá. Se a água bater no meio das rodas, é possível arriscar a travessia (acima disso, é problema na certa).
Deixe o outro motorista se afastar bem, engrene primeira ou segunda e siga devagar, mantendo rotação estável e alta (2.500rpm, pelo menos) para que não entre água pelo escapamento. Nada de mudar de marcha no meio do caminho. Nos carros automáticos, o seletor do câmbio deve ficar na posição mais baixa - geralmente, “1″, “L” ou “low”. Isso ajudará a manter o motor em rotação constante e relativamente alta.
Não vá no vácuo de um ônibus: se ele parar, uma onda se formará. Também é bom prestar atenção e ver se não vêm carros em sentido contrário. Não entre em pânico se ocorrer variação na intensidade das luzes do painel, luzes-espia começarem a acender ou a direção ficar pesada. São ocorrências normais ao se transpor alagamentos mais brabos.
Se tudo der certo, cuidado com os freios após a poça. Dê freadas curtas para que o sistema retome a eficiência. No dia seguinte, confira o óleo do câmbio (se ficar da cor de café com leite, há água na caixa).
Se o motor parar no meio da travessia, não insista no arranque: pode ter entrado água nos cilindros - o que ocasionará o calço hidráulico. O melhor é esperar as águas baixarem, chamar um reboque e levar o carro para a oficina.
Fonte: http://www.zap.com.br/revista/carros/tag/ranking/
Rio - É verão, faz sol há dias, mas sempre fica aquela pulga atrás da orelha: a qualquer hora, pode cair um dilúvio. Quais são os melhores modelos para enfrentar trechos alagados? E quais enguiçam até numa poça? O Centro de Experimentações e Segurança Viária (Cesvi Brasil, núcleo de pesquisas que faz análises de risco para seguradoras e oficinas) estudou o assunto e fez um ranking dos carros de passeio e comerciais leves nacionais mais aptos a transpor “lagoas”.
Carros enfrentam alagamento por causa de fortes chuvas no Rio (Foto: Domingos Peixoto/ O Globo)
O resultado surpreende: modelos rústicos, que teoricamente se sairiam muito bem (o Mille, por exemplo), tiveram maus resultados - e receberam nota baixa: uma estrela. Modelo altos como o EcoSport e a Chevrolet S10 flex ficaram nas posições intermediárias (duas e três estrelas, respectivamente).
E um importado cheio de tecnologia eletrônica - portanto, forte candidato a dar problemas na água - ficou entre os carros com as melhores notas: é a minivan Citroën C4 Picasso, que recebeu quatro estrelas. Os outros “quase-anfíbios” do mesmo grau são o C4 hatch 1.6 16v, o Fiat Dobló 1.8 e a minivan Renault Grand Scénic.
Por enquanto, nenhum modelo levou a nota máxima, de cinco estrelas. Quem sabe um utilitário a diesel com snorkel? Felício Félix, analista técnico do Cesvi Brasil, conta que a idéia do ranking foi justamente descobrir porque alguns carros passam e outros ficam no trecho alagado.
Tabela de ranking com as notas do Cesvi
O estudo, vale dizer, é teórico. Ninguém botou carros na água para fazer o ranking. Mas, fazendo medições, a equipe do Cesvi levou diversos fatores em conta para chegar aos resultados.
O sistema de admissão, é claro, foi o primeiro ponto de atenção. Afinal, é por ali que pode ser aspirada a água da enchente, provocando um calço hidráulico (ou seja: quando a água invade a câmara de combustão e trava o motor, muitas vezes empenando e quebrando as peças). Foi medida a atura da tomada de ar para o motor e observado o formato do coletor de admissão. Também verificaram a altura máxima do sistema de escape - outro ponto de entrada de água, principalmente
Veja o que acontece em cada parte do carro ao enfrentar uma enchente
O Cesvi levou em conta detalhes que normalmente são esquecidos. Por exemplo: quanto maior a cilindrada, mais facilmente o motor sugará água pela admissão, em caso de alagamento. Outra: quanto maior a taxa de compressão, menor será a tolerância ao volume de água admitido.
Também observaram a posição e a construção de componentes elétricos, que, em contato com a água, podem dar problemas e causar enguiço. Alternador, módulos de injeção, fusíveis e sensores de oxigênio e rotação foram estudados. Na conta para ganhar estrelas, foi considerada ainda a vedação da embreagem. “Se o conjunto ficar encharcado, vai patinar e o carro terá dificuldades para se mover”, explica Félix.
As medições do Cesvi foram feitas em modelos 2009, mas vale lembrar de casos de automóveis mais antigos alérgicos a água. Os velhos Omega 3.0, por exemplo, tinham a entrada de ar do motor montada no pára-choque, a apenas 39 centímetros do chão.
Os primeiros Palio (1996 e 1997) também naufragavam. A boca do filtro de ar ficava sob o farol, a 55cm do chão. Qualquer marola feita por ônibus, e o motor ia por água abaixo.
Já os Fiat Tipo 1.6 de 1994 e 1995 tinham seu módulo de injeção e ignição instalado muito baixo. Quem se arriscava na água, tomava prejuízo. Os Mercedes Classe A costumavam ter problemas de infiltração em peças da direção hidráulica, o que deixava o volante pesado. A fábrica instruía a evitar poças com mais de 20 cm de profundidade. Em compensação, os Fuscas e outros velhos Volkswagen com motor traseiro refrigerado a ar costumavam vencer alagamentos sem esforço.
Pistão do motor de um Palio atingido por calço hidráulico em enchente (Foto: André Teixeira)
ÁGUA ACIMA DA METADE DA RODA, É MELHOR ESPERAR - Mesmo que seu carro tenha se saído bem no “provão do Cesvi”, não saia por aí se sentindo comandante de submarino. Se for inevitável cruzar o alagamento, o melhor é deixar que um motorista mais incauto siga na frente e ver no que dá. Se a água bater no meio das rodas, é possível arriscar a travessia (acima disso, é problema na certa).
Deixe o outro motorista se afastar bem, engrene primeira ou segunda e siga devagar, mantendo rotação estável e alta (2.500rpm, pelo menos) para que não entre água pelo escapamento. Nada de mudar de marcha no meio do caminho. Nos carros automáticos, o seletor do câmbio deve ficar na posição mais baixa - geralmente, “1″, “L” ou “low”. Isso ajudará a manter o motor em rotação constante e relativamente alta.
Não vá no vácuo de um ônibus: se ele parar, uma onda se formará. Também é bom prestar atenção e ver se não vêm carros em sentido contrário. Não entre em pânico se ocorrer variação na intensidade das luzes do painel, luzes-espia começarem a acender ou a direção ficar pesada. São ocorrências normais ao se transpor alagamentos mais brabos.
Se tudo der certo, cuidado com os freios após a poça. Dê freadas curtas para que o sistema retome a eficiência. No dia seguinte, confira o óleo do câmbio (se ficar da cor de café com leite, há água na caixa).
Se o motor parar no meio da travessia, não insista no arranque: pode ter entrado água nos cilindros - o que ocasionará o calço hidráulico. O melhor é esperar as águas baixarem, chamar um reboque e levar o carro para a oficina.
Fonte: http://www.zap.com.br/revista/carros/tag/ranking/