Gostaria de saber como ficaria o desempenho de um Fiesta 1.0 com turbocompressor com 1 kg/cm2. Qual seria a redução da vida útil do motor? Quais outras modificações devo fazer no carro (suspensão, freio, etc.)? Se eu apenas remapear o motor, qual é o desempenho esperado? Isso reduz a vida útil do motor?
Tenho um Ford Ka 1.0 e gostaria de dar uma mexida para ganhar em torno de 25% de potência. O que posso fazer?
Com pressão de sobrealimentação de 1 kg/cm2, e se forem feitos um bom dimensionamento do kit turbo e uma boa regulagem do sistema de injeção e ignição para trabalhar com as novas condições, tanto o Fiesta como o Ka terão sua potência praticamente dobrada, equiparando-os a motores de cilindrada bem maior. O desempenho também seria consideravelmente melhorado, chegando em ambos os casos a pouco mais de 180 km/h de velocidade final, e aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 10 segundos.
Para chegar a tal resultado deve-se lançar mão de bons métodos, ou seja, a turbina utilizada não pode ter um grande tamanho, devendo ser menor que a usada no Uno Turbo. Apesar de a pressão de trabalho neste caso ser maior, os 400 cm² a menos de cilindrada requerem uma turbina menor. Deve-se obrigatoriamente usar um intercooler a fim de manter o combustível ou taxa de compressão originais e obter maior potência. Além disso deve ser feito um ótimo ajuste da curva de ignição e da injeção, quer através de remapeamento, quer através do uso de caixa de gerenciamento extra.
Apesar do aumento de esforços sobre as peças do motor, sua vida útil depende mais da forma como é usado. Um motor que teve sua
potência dobrada através de sobrealimentação pode durar 30% da vida útil original, ou ainda menos, se for exigido a fundo e acima do limite de rotações para o qual foi projetado, ou durar 110% da vida útil normal caso seja usado abaixo dos regimes de costume.
Em qualquer dos modelos é importante redimensionar o conjunto, empregando amortecedores mais firmes (no Ka pode-se adotar o estabilizador dianteiro da versão de 1,3 litro, já existente no Fiesta), rodas e pneus mais largos (a medida 185/60 R 14 H é boa opção) e pastilhas e lonas de freio mais macias.
O remapeamento isolado, Marcelo, aumenta muito pouco a potência do motor. Serve mais para revigorá-lo em regimes de baixa rotação, adotando maior injeção de combustível e um eventual aumento no avanço do ponto de ignição, o que pode resultar em ligeiro aumento do consumo e da vitalidade do motor em baixa rotação, mas nunca ultrapassa os 5% de incremento na potência. A redução na vida útil será também mínima, caso o motor seja usado em condições normais. O que pode não resistir, se o remapeamento não for da melhor qualidade, é o catalisador, em função da maior quantidade de emissões poluentes.
Quanto ao Ka: apesar de ser relativamente simples obter tal aumento de potência em qualquer motor, em um de 1.000 cm³ os 25% de aumento pretendidos se tornam um pouco complicado. Explica-se: para este nível de preparação, a vertente mais indicada seria um veneno aspirado, pois com a troca do comando e um retrabalho na admissão e exaustão do motor pode-se obter esse resultado, ficando a relação custo/benefício ainda dentro dos aceitáveis R$ 25 por cv ganho. Mas em um motor de baixa cilindrada a preparação aspirada não é indicada, pois via de regra reduz um pouco o torque, que já é bastante escasso nestes motores, ficando assim o carro com a dirigibilidade em trânsito comprometida.
A solução seria recorrer a sobrealimentação, mas estas só atingem uma relação custo/benefício razoável em motores 1.000 acima de 45% de aumento de potência. Para obter os 25% de aumento, então, teremos de quebrar a regra da preparação aspirada de reduzir o torque, recorrendo ao dois principais artifícios que compensam essa tendência: o aumento de taxa de compressão e o aumento de avanço do ponto de ignição. Mas esta mistura é perigosa, pois aumenta o risco de detonação, assim deve-se recorrer a um preparador experiente e utilizar equipamentos confiáveis e de qualidade para proceder as alterações no comportamento do sistema de injeção e ignição. Isso aliado a um comando levemente mais bravo, cerca de 10° a mais de duração e 0,8 mm a mais de levantamento, e a um coletor de escapamento dimensionado bem feito, deve manter a curva de torque próxima ao original nos regimes mais baixos e ainda obter os 25% de aumento de potência desejados.
Tenho um Ford Ka 1.0 e gostaria de dar uma mexida para ganhar em torno de 25% de potência. O que posso fazer?
Com pressão de sobrealimentação de 1 kg/cm2, e se forem feitos um bom dimensionamento do kit turbo e uma boa regulagem do sistema de injeção e ignição para trabalhar com as novas condições, tanto o Fiesta como o Ka terão sua potência praticamente dobrada, equiparando-os a motores de cilindrada bem maior. O desempenho também seria consideravelmente melhorado, chegando em ambos os casos a pouco mais de 180 km/h de velocidade final, e aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 10 segundos.
Para chegar a tal resultado deve-se lançar mão de bons métodos, ou seja, a turbina utilizada não pode ter um grande tamanho, devendo ser menor que a usada no Uno Turbo. Apesar de a pressão de trabalho neste caso ser maior, os 400 cm² a menos de cilindrada requerem uma turbina menor. Deve-se obrigatoriamente usar um intercooler a fim de manter o combustível ou taxa de compressão originais e obter maior potência. Além disso deve ser feito um ótimo ajuste da curva de ignição e da injeção, quer através de remapeamento, quer através do uso de caixa de gerenciamento extra.
Apesar do aumento de esforços sobre as peças do motor, sua vida útil depende mais da forma como é usado. Um motor que teve sua
potência dobrada através de sobrealimentação pode durar 30% da vida útil original, ou ainda menos, se for exigido a fundo e acima do limite de rotações para o qual foi projetado, ou durar 110% da vida útil normal caso seja usado abaixo dos regimes de costume.
Em qualquer dos modelos é importante redimensionar o conjunto, empregando amortecedores mais firmes (no Ka pode-se adotar o estabilizador dianteiro da versão de 1,3 litro, já existente no Fiesta), rodas e pneus mais largos (a medida 185/60 R 14 H é boa opção) e pastilhas e lonas de freio mais macias.
O remapeamento isolado, Marcelo, aumenta muito pouco a potência do motor. Serve mais para revigorá-lo em regimes de baixa rotação, adotando maior injeção de combustível e um eventual aumento no avanço do ponto de ignição, o que pode resultar em ligeiro aumento do consumo e da vitalidade do motor em baixa rotação, mas nunca ultrapassa os 5% de incremento na potência. A redução na vida útil será também mínima, caso o motor seja usado em condições normais. O que pode não resistir, se o remapeamento não for da melhor qualidade, é o catalisador, em função da maior quantidade de emissões poluentes.
Quanto ao Ka: apesar de ser relativamente simples obter tal aumento de potência em qualquer motor, em um de 1.000 cm³ os 25% de aumento pretendidos se tornam um pouco complicado. Explica-se: para este nível de preparação, a vertente mais indicada seria um veneno aspirado, pois com a troca do comando e um retrabalho na admissão e exaustão do motor pode-se obter esse resultado, ficando a relação custo/benefício ainda dentro dos aceitáveis R$ 25 por cv ganho. Mas em um motor de baixa cilindrada a preparação aspirada não é indicada, pois via de regra reduz um pouco o torque, que já é bastante escasso nestes motores, ficando assim o carro com a dirigibilidade em trânsito comprometida.
A solução seria recorrer a sobrealimentação, mas estas só atingem uma relação custo/benefício razoável em motores 1.000 acima de 45% de aumento de potência. Para obter os 25% de aumento, então, teremos de quebrar a regra da preparação aspirada de reduzir o torque, recorrendo ao dois principais artifícios que compensam essa tendência: o aumento de taxa de compressão e o aumento de avanço do ponto de ignição. Mas esta mistura é perigosa, pois aumenta o risco de detonação, assim deve-se recorrer a um preparador experiente e utilizar equipamentos confiáveis e de qualidade para proceder as alterações no comportamento do sistema de injeção e ignição. Isso aliado a um comando levemente mais bravo, cerca de 10° a mais de duração e 0,8 mm a mais de levantamento, e a um coletor de escapamento dimensionado bem feito, deve manter a curva de torque próxima ao original nos regimes mais baixos e ainda obter os 25% de aumento de potência desejados.